sexta-feira, 19 de março de 2010

De perto ninguém é normal

Salve,
Sexta feira... Fim de semana chegando, e um passeio de moto marcado para distrair a mente. Peguei cedo a praia de moto para vir ao trabalho e comecei a me questionar sobre equilíbrios. Sério... Não do fácil equilíbrio de andar de moto, mas do equilíbrio emocional, sentimental e profissional das pessoas. Aí me veio a frase que de perto ninguém é normal. Realmente... Eu não sou, então porque me espantar?? Bom, o espanto é porque no fundo nos achamos normais, ou até mais normais que os outros. Mas a lupa que dá um zoom no detalhe mostra que as vezes nós tentamos morder a nossa própria orelha. Gosto de usar a simbologia do "tentar morder a própria orelha" como a representação das nossas anormalidades que se potencializam no julgar pessoas, estereotipar atitudes, ser competitivo ao extremo, passar por cima dos outros e proferir inverdades. Te juro que me vejo as vezes com um pedaço de cartilagem na boca e sangue se esvaindo pela lateral da minha cabeça. Aí hoje na praia vendo todo aquele visual no despertar de mais uma manhã meu clamor foi por liberdade... Liberdade dos conceitos pré-definidos, do coração duro, e pelo fim da competição, que nos cansa e multila além da orelha, corações puros, mãos estendidas, visão limpa e os pés que se sãos, deveriam nos conduzir ao caminho para o qual fomos chamados a trilhar. E aí rapidamente como um flash em questões de segundos depois de ter pensado em tudo isso, imaginei que apesar de toda nossa deficiência temos um quê de normalidade quando percebemos que multilamos e somos multilados. Com tanta loucura assim, a única certeza é que precisamos de ajuda, e que mais normal ficamos quando reconhecemos que precisamos mudar sempre.
Bom fim de semana.
Abraços

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